613 é o número de professores bidocentes na rede municipal de ensino em Juiz de Fora
Professor bidocente é um segundo professor na sala de aula e dá atenção especial aos alunos com deficiência ou transtorno globais do desenvolvimento (TGD)
Ainda falta: apesar da contratação de 120 professores para exercer a função nos últimos meses, a técnica da Secretaria de Educação, Andréia Sales, afirmou que ainda há cerca de 40 alunos que precisam ser atendidos.
Demanda constante: na reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, onde divulgou os dados, Andréia ressaltou que a demanda existe e que novos pedidos continuam chegando à Secretaria de Educação
Polêmica: a Secretaria de Educação atende ao pedido do professor bidocente somente se a criança não consegue realizar de forma independente atividades de locomoção, higiene e alimentação. A orientação é baseada na nota técnica 19/2010 do Ministério de Educação
Acompanhamento para quem precisa: já o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPD) argumenta que todas as crianças que obtiverem laudo médico atestando que precisam de acompanhamento na sala de aula têm direito ao professor bidocente, mesmo realizando de forma independente as atividades descritas na nota técnica do MEC.
Estatuto da Pessoa com Deficiência: o Conselho aponta que a lei, aprovada em 2015 e portanto mais recente do que a nota técnica, obriga o poder público a adotar "medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino"
"O que queremos é que nossos filhos tenham direito a uma estratégia diferente de ensino”, afirmou a integrante do CMDPD, Patrícia Pogianelo, em declaração recente aos vereadores na Câmara Municipal. Segundo ela, se o professor não conseguir que o conteúdo atinja a criança, o professor bidocente "está ali para ajudar e reforçar o conteúdo"
Meio-termo: Enquanto não é liberada a contratação dos bidocentes, a Secretaria de Educação está utilizando cerca de 100 estagiários que já atuavam nas escolas para acompanhar crianças que precisam da mediação de conteúdo. "Eles não substituem professores bidocentes porque não estão capacitados, mas conseguem ajudar as crianças com necessidade de acompanhamento no aprendizado, como algumas crianças com síndrome de Down", explica Andréia.
Clique na imagem para escutar a entrevista de Andréia Souza ao Mergulho Diário
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