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Juiz de Fora produz conteúdo digital? 

Foto: Freepik

por Tatiane Carvalho

Estamos acostumados a consumir produtos midiáticos, principalmente quando o assunto envolve internet. Vídeos, blogs, podcasts e muitos outros. Existem diversos sites que disponibilizam conteúdos produzidos por pessoas de todo o Brasil e que o acesso está a um clique de distância. Mas e quando falamos de Juiz de Fora, existem pessoas da cidade produzindo para essas plataformas?
Aqui também existem profissionais que trabalham com o meio de produção para internet, sejam escrevendo para blogs ou até mesmo produzindo vídeos para o Youtube. Pessoas como Helena Gomes de Sá, do blog Garotas Rosa Choque, produzem esse tipo de conteúdo, que na maior parte das vezes são consumidos por pessoas que não moram em Juiz de Fora e nem na região, já que estas preferem consumir conteúdos de grandes canais. 

 

Muitas vezes os juiz-foranos até consomem o que é produzido aqui, mas muitos nem sabem que o que estão consumindo é produzido aqui na cidade. “Eu conheço muita gente daqui que produz conteúdo e que é respeitado e reconhecido. Inclusive o meu trabalho é mais visto por gente de fora do que daqui. Então, eu acho importante as pessoas saberem a origem e darem valor. Eu vejo que, no meu caso, o pessoal tem que ter algum valor fora pra depois as pessoas daqui reconhecerem”, conta Helena. O Brasil é um país onde, segundo pesquisa do site Think With Google, 95% da população usa a plataforma Google, era de se esperar que os brasileiros fossem um povo informado e ligado nas novidades. A maior parte dos jovens 

(96%) acessam o Youtube. Helena comenta sobre os principais desafios para conquistar o público local: “A maior dificuldade que eu encontro em Juiz de Fora no mercado de influencer é que as pessoas são muito conservadoras ainda. Tem um atraso muito grande no consumo de conteúdo online”. O fato de o conteúdo produzido por quem é da cidade não ser muito atraente a quem mora por aqui também é um fator que influencia bastante quando o internauta vai escolher o que pretende consumir. “Fica 

Foto:Mateus Aguiar

muito difícil que as pessoas se interessem no conteúdo local. Porque quem produz conteúdo só para dentro da cidade e não consegue transpor essa barreira local, é porque realmente está ancorado em conhecidos, em contatos dentro da cidade para poder crescer. Não tem, realmente, um conteúdo original dentro da internet, não tem um público, tem somente a lista de gente que indica”, completa Helena.

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