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JF inteligente

Por: Bárbara Braga

Já se encontram abertas as inscrições para o Hackathon - JF Inteligente. Organizada pelo Sebrae, pela Prefeitura e Universidade Federal de Juiz de Fora, a maratona irá reunir programadores e desenvolvedores web, profissionais de marketing e designers para que possam apresentar soluções para problemas específicos da cidade. O evento será realizado no Centro de Ciências da UFJF, entre os dias 8 e 10 de junho, e as equipes vencedoras serão premiadas.

A assessora do Sebrae, Camila Monteiro Villela, afirma que a iniciativa surgiu para tornar a cidade mais inteligente, tecnologicamente falando: “Tem surgido no mundo todo modelos de smart cities, nas quais os moradores conseguem resolver todos os seus problemas com aplicativos, sensores, e até mesmo banco de dados. Nosso objetivo é que Juiz de Fora também possa se tornar um lugar cada vez mais agradável para se viver, e pretendemos contar com a tecnologia para isso.”

É irrefutável que a cidade tem inúmeros transtornos. Por isso, foram elencados eixos temáticos para que os participantes do Hackathon se debrucem sobre soluções específicas. Como se trata de um desafio, os temas só serão divulgados no dia 8, quando todos os competidores estiverem reunidos. Mas, Camila adianta que os eixos foram minuciosamente selecionados. “A PJF analisou quais são as demandas que a população tem e que precisam de respostas rápidas, logo espera-se que os projetos criados no hackathon sejam úteis para os juiz-foranos e de uso imediato.”

Podem participar da maratona tanto profissionais formados, quanto os que ainda estão na graduação. No dia do evento, os participantes serão divididos em equipes, preferencialmente, que tenham programadores, designers e especialistas em marketing, para certificar de que as invenções terão interfaces intuitivas e fáceis de interagir.

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O que são Smart Cities?

Smart Cities são sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais e serviços para aprimorar o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida.  Esses fluxos de interação são considerados inteligentes por fazer uso estratégico de infraestrutura e serviços, e de informação e comunicação, sempre acompanhados por um planejamento e gestão urbana. Além disso, têm a finalidade de dar resposta às necessidades sociais e econômicas da cidade. De acordo com o Cities in Motion Index, nove dimensões indicam o nível de inteligência de uma cidade: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, meio-ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e economia.

JF começa a buscar por mais inteligência 

Algumas medidas, para além do Hackathon- JF Inteligente, têm sido tomadas para melhorar aspectos da cidade, sendo a mobilidade uma das  principais reclamações. Como pontua o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF, Fernando Lima, é preciso repensar todo o tráfego da Manchester Mineira. “Seja a pé ou de carro, se locomover em Juiz de Fora é complicado, se tornando uma odisséia para quem tem a mobilidade reduzida, principalmente, pessoas com deficiência e da terceira idade”.

Para resolver este problema, a FAU - UFJF tem trabalhado com seus alunos o conceito de Ruas Completas, no qual as vias públicas deixam de

Uma rua completa é feita com base nas formas como a via é usada por todos. Foto: ONG WRI Brasil

ser simples lugar de passagem e passam a ser construídas democraticamente. Uma rua completa é desenhada de forma a atender, da melhor forma possível, seus habitantes.

“Se pegarmos a rua Batista de Oliveira, por exemplo, há centenas de pessoas que passam por lá todos os dias, e elas querem chegar a algum lugar. Qual? Assim como quem trabalha ali tem suas próprias demandas. Quais? As pessoas passam por lá, na maior parte das vezes, a pé ou de carro? Muitos idosos e transeuntes com mobilidade reduzida usam esta via? São questionamentos que precisam ser feitos para a construção de uma rua completa”, explica Fernando Lima.

A PJF junto com a FAU - UFJF assinaram um acordo de cooperação com a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e a ONG WRI Brasil, em novembro do ano passado, assegurando uma troca técnico-científica entre as instituições para o desenvolvimento de projetos relacionados à sustentabilidade da cidade.

Um protótipo a mão

Confira o que já tem sido feito em outras cidades para torná-las inteligentes

Juiz de Fora tem uma oportunidade que poucos centros urbanos têm de possuir um espaço para testar novas soluções tecnológicas: o campus da Universidade.

Com cerca de 20 mil membros na comunidade acadêmica, os problemas que são enfrentados no centro da cidade ocorrem na UFJF também, como trânsito congestionado em horários de pico, pouca ou nenhuma acessibilidade, atos isolados de violência, poluição, etc. Por isso, aplicar novas tecnologias no campus é uma forma de testar a usabilidade e eficiência das mesmas, antes de lançá-las em grande escala.

Além do mais, a Universidade possui problemas específicos que precisam ser solucionados. “Chamadas, lançamento de notas no sistema, filas de entrada no RU, o horário que passa os ônibus Circular, são exemplos de situações do cotidiano dos professores, estudantes e técnicos da UFJF que volta e meia recebemos queixas. E se pararmos para pensar, a tecnologia pode melhorar e facilitar tudo isso, precisamos começar a pensar como usá-la”, afirma Edelberto Franco, professor do Departamento de Ciência da Computação da UFJF.

A Universidade tem planejado para, nos próximos meses, realizar um mapeamento no campus de quais são as demandas que precisam ser solucionadas. Espera-se que tenha, não só uma Juiz de Fora mais inteligente, como um campus universitário  também.

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