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Foto do escritorMergulho Diário

Terapia hiperbárica põe em evidência limitações dos planos de saúde

Por Laura Conceição


A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) é um tratamento que consiste na oferta de oxigênio puro (FiO2 = 100%) em um ambiente pressurizado a um nível acima da pressão atmosférica. A OHB pode ser aplicada em câmaras com capacidade para um paciente (câmara monopaciente) ou para diversos pacientes (câmara multipaciente). A oxigenoterapia hiperbárica é reconhecida como uma modalidade terapêutica que deve ser aplicada por um médico, com a principal função de cicatrização de feridas. Em Juiz de Fora, a terapia é aplicada apenas em hospitais particulares. A problemática que envolve o tratamento é a questão financeira e a resistência dos planos de saúde em liberar o tratamento para seus associados.

Esse tratamento foi incluído na cobertura nos planos de saúde regulamentados pela Lei 9656/98, pela Resolução Normativa nº 211/2010, vigente a partir de 7 de junho de 2010.


A terapia tem um custo elevado. Assim, os planos de saúde estão cada vez mais resistentes para autorizar esse tipo tratamento. “A câmara é indicada para cicatrização de feridas, aceleração do processo de cura de infecções e outros problemas de saúde. Para pessoas diabéticas esse tratamento pode ser a salvação, isso porque pessoas com esse tipo de problema tendem a ter complicações, infecções e dificuldades de cicatrização”, contou Antônio Hote, enfermeiro especializado em Terapia Hiperbárica.




Por ser um tratamento que utiliza equipamento com altos gastos de manutenção e consumo energia, muitas pessoas que pagam plano de saúde têm o pedido negado e são impossibilitadas de concretizar o tratamento. É o caso de Dona Maria Helena Almeida, diabética e que estava a ponto de perder o dedo do pé direito, até que seu médico indicou a terapia como ultima tentativa para “salvar” o membro. Quando foi pedir a liberação do plano de saúde, teve dificuldades, pois o plano negava que o seu problema fosse uma emergência. “ Para conseguir liberação do tratamento precisei entrar na justiça e com isso gastei quase o dobro com advogados”, disse.


O que aconteceu no caso já se tornou rotina. Muitas vezes, o que está em jogo não é apenas uma parte do corpo do paciente, mas, sim, a sua vida.

O enfermeiro Antônio Hote alegou que a recusa por parte dos planos é, realmente, comum e gera um atraso no tratamento que pode dificultar a cura. “A eficiência da medicina hiperbárica não é motivo de dúvidas. A questão agora é garantir que as pessoas recebam o que lhes é de direito”.

Em Juiz de Fora, o SUS ainda não oferece esse tipo de tratamento.

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