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Com correios em crise, startups se tornam alternativas para logística

por Ezequiel Florenzano


Agência dos Correios em Juiz de Fora. Foto: Ezequiel Florenzano.

A empresa estatal enfrenta uma crise interna cujo prejuízo já chega a quase 6 milhões de reais, nos três últimos anos.


As empresas particulares que fazem fretes estão aproveitando o momento de crise dos correios para aumentarem seus lucros, o mesmo que está acontecendo com as startaps do setor, (organização que oferece um produto ou serviço inovador, geralmente através de tecnologia, que está em busca de um modelo de negócio que possa ganhar escala rapidamente,segundo a definição de Felipe Matos, fundador da aceleradora Startup Farm, pesquisador do Mestrado Profissional em Empreendedorismo da FEA-USP e ex-Diretor de Operações do programa Startup Brasil ) Exemplo disso é a startup Mandâe, que recebeu um investimento de quase vinte e cinco milhões de reais para aumentar sua logística.

“São fundos que já investiram em startups, inclusive de logística, pelo mundo inteiro. Além disso, possuem muita experiência e conexões de mercado. Eles sabem os desafios que temos e poderão dar muitos conselhos”, afirma Marcelo Fujimoto, CEO da Mandaê.

Cada vez mais investidores estão injetando dinheiro nas empresas privadas de logística. Marketplaces, como o Mercado livre e a Qualcomm Ventures, são exemplos deste processo.

O primeiro momento da crise foi o fechamento do E-Sedex, que pertencia aos Correios, empresa logística voltada para o e-commerce. Depois disso, vários outros problemas surgiram, culminando no momento atual de grave crise.


Demora nas entregas, desaparecimento de encomendas e produtos danificados são as principais reclamações do consumidores.

Segundo o economista Michel Souza, a solução mais viável no momento seria a privatização da empresa, para que ela recupere a sua saúde financeira, já que o investimento do governo no setor não deve ser realizado.

"A longo prazo, a solução seria a rentabilização da saúde fiscal do país e a retomada do investimento público nesta estatais, porém, isto é uma situação muito incerta, dada a nossa característica: ano eleitoral. Por isso, na minha opinião, a melhor solução seria a privatização. A nossa estatal vem capengando há bastante tempo. Nos últimos anos, houve um aumento de gastos com funcionários em cerca de sessenta por cento, mas a variação no quadro de funcionários aumentou apenas dois por cento."

Isso complicou a vida dos Correios. Além disso, as transferências do governo diminuíram e os custos dos insumos subiram seis pontos percentuais, provocando prejuízo atrás de prejuízo, e, consequente, a problemas nas entregas.

No ano de 2017,os prejuízos foram de 1,5 milhão de reais, o que ocasionou a demissão de mais de mil e setecentos funcionários do seu quadro .

Um documento vazado revela que já foram iniciadas estratégias para a reabilitação da empresas, por meio de um plano de fecha 513 agências e demite cerca de cinco mil e trezentos funcionários.


Print do documento vazado ,disponível na internet

Segundo economistas, esse plano é um começo de privatização da estatal, pois as principais filiais a serem fechadas são as que funcionam sem as franquias privadas.

Os planos parecem falhos para a Federação Nacional dos trabalhadores em Empresas de Correios telégrafos(CET), pois aumentaria ainda mais o déficit de atendimento ao cliente que a empresa vem apresentando.

Não sabe o que fazer quando sua encomenda atrasar? Confira as dicas .



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