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Foto do escritorMergulho Diário

Imigrantes venezuelanos encontram uma nova vida em Juiz de Fora

Por Tatiane Carvalho

Imigrantes venezuelanos chegam por terra ao Brasil

A crise na Venezuela é um assunto que está nas mídias faz um tempo, principalmente, pela situação da população e seus reflexos nos países vizinhos. Devido à falta de recursos e à crise econômica, muitos venezuelanos deixam sua terra e buscam refúgio no Brasil. Na esperança de dias melhores, eles chegam ao país através da fronteira com Roraima. São mais de cinco mil quilômetros que separam Juiz de Fora da fronteira brasileira com a Venezuela, mas isso não parece uma barreira. A cidade, atualmente, está recebendo alguns desses imigrantes que são acolhidos por uma Organização Não Governamental (ONG). Mas como essas pessoas são recebidas na cidade?

O trabalho voluntário é feito pela união da Associação dos Amigos (ABAN) em conjunto com a Pastoral Universitária para Refugiados de Roraima, a Universidade Federal de Roraima, a Agência da ONU para Refugiados e o Governo do estado de Roraima. Os imigrantes que chegam à Juiz de Fora são instalados na Casa Benjamin.

A primeira recepção é feita ainda na rodoviária pelos voluntários. Durante a estadia na Casa Benjamin, os imigrantes têm todo suporte, tanto para encontrar trabalho e se estabelecer na cidade, quanto na questão linguística, já que muitos chegam ao país sem saber se comunicar em português. Enquanto estão hospedados, os venezuelanos ajudam como voluntários nos trabalhos desenvolvidos pela ABAN. Assim, aos poucos, eles vão se adaptando à vida longe do país natal.



Isso foi o que aconteceu com Alberto Navarro, o jovem de 22 anos deixou seu país há um ano e sete meses, logo após se formar: “Quando se chega ao Brasil a maior dificuldade é a língua, já que é muito semelhante ao espanhol, mas ao mesmo tempo em que é parecida também é muito diferente. Muitas coisas mudam. Não temos uma orientação ou um curso para entrarmos com facilidade no país”. Alberto ainda fala sobre outro problema que os imigrantes enfrentam quando chegam ao Brasil, a burocracia: “Para trabalhar você precisa de um livrinho: a carteira de trabalho. Nós, na Venezuela, não temos isso. No meu caso, demorou três meses para que eu recebesse minha carteira da trabalho.”

“Minhas expectativas de vida aqui nesse estado, nessa cidade, em especifico, pode se dizer que é muito grande. Muito melhor que as expectativas que eu tinha na Venezuela”, completa Alberto, que após a crise teve que fechar seu negócio na cidade em que morava com a mãe.



Quem quiser ajudar no acolhimento aos imigrantes venezuelanos, pode entrar em contato com a ABAN ou com a Arquidiocese de Juiz de Fora.

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