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Foto do escritorMergulho Diário

A informação como combate ao preconceito: UFJF contra a LGBTTIfobia

Por Carolina Larcher

Para combater a LGBTTIfobia, este mês a UFJF vem realizando diversas ações , em referência ao dia 17 de maio de 1990, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID). Desde então, a data é reconhecida internacionalmente como o Dia de Combate à LGBTTIfobia.


Como forma de dar visibilidade à causa, conscientizar e informar a sociedade sobre todos os aspectos relacionados à temática LGBTTI, a universidade criou, em parceria com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (Gesed), uma campanha com reportagens e vídeos, que abordam: as formas de violência, experiências vividas, a reflexão sobre o preconceito como construção social e a importância de trazer esse debate para o meio acadêmico.


O projeto continua, e conta com a participação da Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proae), das diretorias de Ações Afirmativas (Diaaf) e de Imagem Institucional e da Ouvidoria Especializada em Ações Afirmativas.


“Eu acho que o preconceito vai sendo combatido no nosso cotidiano. Sem levar a discussão, sem se colocar também, sem se reafirmar, a discussão talvez não chegue a quem precisa. Se eu tivesse um desejo para todo mundo, é que todo mundo entendesse que talvez sim, a gente tenha preconceito, porque nós somos formados com vários estímulos e esses estímulos formam o nosso jeito de pensar. Então, se cada um toma consciência disso, acho que é o primeiro passo para a gente poder desconstruir". Mateus Sales - estudante de engenharia de produção da UFJF | UFJF Contra a LGBTTIfobia

Através do portal da universidade, o pró-reitor de Assistência Estudantil Marcos Freitas, comentou que a relação direta com os alunos trouxe grande contribuição no combate ao preconceito na instituição. “Nesses encontros, identificamos problemas nas interações entre aluno e professor, por exemplo, que não cabem num processo de aprendizado e, por vezes, são motivados por preconceitos. Incentivamos que a comunidade acadêmica como um todo denuncie essas situações”.


O combate através da ciência:


Cláudia Lahni e Daniela Auad, fundadoras do Flores Raras. Captura do documentário “Amor e Revolução não é só Nome de Novela”, de Gabriela Ribeiro.

Trazendo uma abordagem enfática sobre mulheres lésbicas, o Flores Raras – Grupo de Estudos e Pesquisas Educação, Comunicação e Feminismos – atua em duas linhas de pesquisa: Movimentos Sociais, Políticas Públicas, Educação e Cidadania; e Relações de Gênero, Socialização, Comunicação e Democracia. Entre os meses de agosto e dezembro de 2017, oito textos acadêmicos do grupo foram enviados para revistas científicas. Destes, sete foram publicados.


Nessa mesma linha, o grupo de pesquisa Diversifica Saúde surgiu através de proposta feita pelos próprios alunos da disciplina “Indivíduo, Saúde e Sociedade”. Apesar de novo, o grupo já é reconhecido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e está trabalhando com estudos teóricos para identificar como anda o atendimento à população LGBTTI via SUS.


Venha ouvir:

Ainda estão acontecendo diversas atividades no campus. O Gesed vai realizar na quarta-feira uma roda de conversa sobre as “Experiências Drag” e, no dia 30, uma mesa redonda com o tema “LGBTTIfobia e educação escolar em debate”. As discussões procuram priorizar os relatos e experiências de professores e estudantes da educação básica de Juiz de Fora. Elas estarão abertas ao público, às 19h, na Sala Paulo Freire, na Faculdade de Educação (Faced).


Roda de conversa 3: Experiências de estudantes LGBTTI no ensino superior. Foto: Twin Alvarenga

A música que une:


A UFJF também preparou uma playlist com músicas que celebram o Dia Internacional de Combate à LGBTTIfobia. Essa ação procura dar visibilidade a composições como forma de expressão de angústias e de lutas de uma comunidade que foge da normatividade socialmente imposta.


Falando sério:


Se você conhece ou é vítima de preconceito e discriminação, não deixe de combater essa injustiça: procure a Ouvidoria Especializada em Ações Afirmativas.


Desde maio de 2016 o órgão tem recebido denúncias e depoimentos das situações de discriminação, preconceito, violência e opressão vivenciadas no ambiente universitário, tomando as devidas ações em apoio aos estudantes, garantindo o sigilo dos envolvidos.

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